Às dezesseis horas e trinta
minutos do dia onze de maio de dois mil e dozes, no Anfiteatro Externo A do
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, foi
realizada Assembleia Geral dos Discentes da UFTM, convocada pela Comissão de
Mobilização Discente UFTM sendo conduzida pelas alunas Bárbara, do curso de
História, e Aline Bomfim, do curso de Serviço Social, com a seguinte pauta:
Informes, Avaliação do Ato do dia 10/05/12 e Demandas dos cursos. Do primeiro
item da pauta, INFORMES, o primeiro informe dado foi sobre reunião realizada
com a Vice-Ritora Prof.ª Ana Lucia de Assis Simões, realizada às quatorze horas
do dia onze de maio de dois mil e doze, sendo que todos os discentes presentes
na reunião contribuíram nas falas. A reunião foi gravada e o vídeo será
disponibilizado, conforme autorização da Vice-Reitora. Foi ressaltado o fato de
que há um posicionamento favorável vice-reitora em relação à EBSERH alegando
que não haverá a privatização do hospital mesmo sem saber responder questões
referentes ao modelo de gestão da empresa privada, dizendo, ainda, que a
empresa ainda não existe. Sobre a AVALIAÇÃO
DO ATO e as DEMANDAS DOS CURSOS, foram abertas inscrições para fala, que serão
descritas a seguir: Carlos Eduardo, discente do curso de História, ressaltou
que o momento é histórico e muito produtivo, mas que devemos nos preocupar com
a organização do ato para que não haja lideranças e sim representantes do que é
decidido em assembleia. Nesta seriam formadas comissões para execução dos atos.
Lembrou ainda de uma visita feita por ele e mais outros estudantes à reitoria
para discutir a transferência do UTC para a UFTM como um acréscimo a ser feito
nas demandas posteriormente. Os estudantes João Paulo e Rodrigo, dos cursos de
Engenharia, lembram que entraram iludidos na UFTM por acreditarem na maquete
apresentada no site da universidade sendo que agora convivem com diversos
problemas como prédio mal construído, rachaduras, infiltrações e falta de
restaurante universitário, além de outros problemas como falta de corpo
docente, de um transporte intercâmpus que facilitaria a locomoção e evitaria o
gasto exagerado com transporte e com alimentação na cantina, com preços
absurdos, disponível no prédio do ICTE. Pedro Macedo, do curso de Letras,
concordou com o estudante Carlos Eduardo quanto à importância de uma melhor organização
quanto dos atos e assembleias, porém lembra que alguns fatores melhoram com a
experiência, mas que já que agora isto foi observado deveríamos observar melhor
estas questões. Também sugeriu como demanda, a questão da falta de equipamentos
para produções culturais na UFTM que, por exemplo, os anfiteatros não tem
equipamento adequado para apresentações culturais, apenas para palestras.
Lembrou ainda que o SESI utilizava o anfiteatro para ensaios e apresentações
que não existem mais. Mirtes, técnica administrativa, manifestou apoio às
pautas dos discentes e resaltou a necessidade de acabar com o coronelismo na
UFTM, e que está há vinte anos na instituição como servidora e até hoje não é
reconhecida a mudança de FMTM para UFTM. Lembrou a importância de ocupar os
espaços da universidade e da união dos três seguimentos, unificando suas
pautas. Sobre o ato, diz que não devemos
ter medo de fechar ruas e entrar na reitoria e, ainda, que não devemos falar em
invadir, mas sim em ocupar por ser este um espaço público. Disse ainda que o
sindicato e os técnicos estão de portas abertas para os estudantes. Fernanda
Gutierrez, do curso de Serviço Social, coloca como demanda a falta de segurança
e transporte para os alunos. Deixa ainda como sugestão uma comissão discente
para ida à prefeitura e polícia militar para discutir tais problemas. Sugere a
confecção de abaixo-assinados e lembra a importância de representação discente
nos conselhos da UFTM. Lembra também do problema quanto ao atraso de bolsas em
geral. Anne, também do curso de Serviço Social, lembra do problema da
permanência por haver um pré-requisito para pleitear bolsas de não poder haver
vínculo empregatício que além de comprometer a permanência, ainda compromete a
formação de qualidade do estudante. Vivian Freitas, do curso de História,
coloca a dificuldade de comunicação dos estudantes quanto à construção do
movimento e pede que os presentes repassem as informações para os demais
estudantes e lembra que a comissão é aberta para todos os estudantes interessados
garantindo um movimento democrático além de que as assembleias são aulas ricas
que também contribuem para uma formação de qualidade. Sobre o ato, ressalta a
importância de termos uma postura de oposição frente à reitoria. Bárbara,
também aluna do curso de História, lembra que o discurso da vice-reitora Ana
Lúcia é feito com falas prontas não respondendo de fato o que lhe é perguntado.
Ressalta a importância da organização dos estudantes e que a responsabilidade
pelo movimento estudantil é de todos. O professor de psicologia, Fernando,
parabeniza os estudantes pelo ato e pelo movimento estudantil que está
nascendo. Diz que não podemos permitir lideranças estagnadas, que não circulam.
Lembra ainda que a privatização começa em nível de afetos e ressalta a necessidade
de cuidados quanto à partidarização. “Liberdade se toma e não se pede”, “O
Estado é o primeiro privatizador dos espaços”, são frases ditas por ele.
Questiona ainda a necessidade de se autorizar os cartazes a ser colocados na
UFTM e, inclusive, o fato do prédio ter aquelas cores “um prédio colorido é
muito mais são que um prédio branco”. Sugeriu a construção de uma comissão
discente para cartazes e que a TV e Rádio Universitária deveriam ser utilizadas
pelos estudantes como espaço de cultura para enriquecer a cidade de Uberaba.
Finaliza com a frase “Sejamos realistas, queiramos o impossível”. Adriano
Pereira, do curso de Geografia, ressalta a importância da discussão e do
movimento estudantil, faz uma crítica ao DCE que só faz camisetas e traz a importância
de uma recepção dos calouros que divulgue a realidade da UFTM e a importância
de se engajar no movimento estudantil. Coloca isto como sugestão à atual
comissão de trote. Lamenta a falta de integração entre os estudantes e sugere
um blog com este intuito de integração. Carlos Eduardo, do curso de História,
sugere uma comissão de jornalismo e finanças para confecção de panfletos que
contribuirá para a divulgação do movimento estudantil. Pedro Macedo, do curso
de Letras, sugere a criação de um movimento visando uma maior integração de
todos os cursos por ser este um problema atual na universidade. Maria dos Reis,
técnica administrativa, coloca a necessidade de se eliminar o “ranço” da UFTM,
o conservadorismo existente. Relata uma reunião feita pelos técnicos
administrativos na qual a vice-reitora chegou com pautas prontas ressaltando
sua característica antidemocrática. Irany Cabral, do curso de Serviço Social,
demonstra sua preocupação sobre como ficará o movimento estudantil após acabar
o indicativo de greve. Ressalta a importância de fortalecê-lo e que devemos
continuar com as nossas demandas. Concorda com a criação de uma rádio
universitária para contribuir com a interação e politização dos estudantes. Bruno
Curcino, professor do curso de Letras, se posiciona em apoio ao movimento dos
discentes e informa sobre universidades que já se encontram em greve e, ainda,
sobre reajustes de bolsas para mestrado e doutorado. Aconselha que os
estudantes não se deixem manipular por partidos políticos, porém que não os
temam, pois eles existem; acrescentando a importância de transparência,
sobretudo com relação ao dinheiro. E que os estudantes engajados não deixem de
lado seus estudos, pois, certamente vão ser visados por professores conservadores.
Trouxe a necessidade do fortalecimento dos DAs, CAs, e DCE. Sugeriu que uma
comissão de estudantes e professores vá ao campus das Engenharias para fazer a
divulgação das assembleias e dos atos. Fábio ressalta a importância da adesão
dos demais estudantes, sugeriu conversas individuais que cativem os mesmos. Fernando,
professor de Psicologia, esclareceu sua colocação em relação aos partidos, que
é necessário um cuidado mesmo com o movimento muito intenso, pois hoje tudo se
dissolve muito rápido. Trouxe também que temos forças o suficiente para parar a
universidade. O professor sugeriu, ainda, que aconteçam assembleias estudantis
contínuas bem como comissões estudantis. Breno, estudante de Psicologia, trouxe
algumas colocações que a vice-reitora fez durante a reunião como a recomendação
de visitar o site da Andifes, que para o MEC a quantidade de docente é de um para
dezoito discentes. Nieri, estudante de Geografia, ressaltou a importância da
permanência de todos durante a possível greve para a participação nas
assembleias e possíveis atos. Ao final foram feitos encaminhamentos para quatro
comissões: trabalho de base, jornalismo, financeiro e abaixo assinado sobre o
UTC, sendo que as listas dos que se propuseram a integrá-las está com a Barbara
que irá socializar o mais breve possível. A Assembleia teve término às dezoito
horas. Nada mais a constar, eu, Aline Bomfim, do curso de Serviço Social,
membro da Comissão de Mobilização Discente, lavrei a presente ata acompanhada
de lista dos presentes na Assembleia.
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