segunda-feira, 14 de maio de 2012

ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DOS DISCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (UFTM) REALIZADA NO DIA 11 DE MAIO DE 2012 ÀS 16h30 NO ANFITEATRO “A” EXTERNO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS


Às dezesseis horas e trinta minutos do dia onze de maio de dois mil e dozes, no Anfiteatro Externo A do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, foi realizada Assembleia Geral dos Discentes da UFTM, convocada pela Comissão de Mobilização Discente UFTM sendo conduzida pelas alunas Bárbara, do curso de História, e Aline Bomfim, do curso de Serviço Social, com a seguinte pauta: Informes, Avaliação do Ato do dia 10/05/12 e Demandas dos cursos. Do primeiro item da pauta, INFORMES, o primeiro informe dado foi sobre reunião realizada com a Vice-Ritora Prof.ª Ana Lucia de Assis Simões, realizada às quatorze horas do dia onze de maio de dois mil e doze, sendo que todos os discentes presentes na reunião contribuíram nas falas. A reunião foi gravada e o vídeo será disponibilizado, conforme autorização da Vice-Reitora. Foi ressaltado o fato de que há um posicionamento favorável vice-reitora em relação à EBSERH alegando que não haverá a privatização do hospital mesmo sem saber responder questões referentes ao modelo de gestão da empresa privada, dizendo, ainda, que a empresa ainda não existe.  Sobre a AVALIAÇÃO DO ATO e as DEMANDAS DOS CURSOS, foram abertas inscrições para fala, que serão descritas a seguir: Carlos Eduardo, discente do curso de História, ressaltou que o momento é histórico e muito produtivo, mas que devemos nos preocupar com a organização do ato para que não haja lideranças e sim representantes do que é decidido em assembleia. Nesta seriam formadas comissões para execução dos atos. Lembrou ainda de uma visita feita por ele e mais outros estudantes à reitoria para discutir a transferência do UTC para a UFTM como um acréscimo a ser feito nas demandas posteriormente. Os estudantes João Paulo e Rodrigo, dos cursos de Engenharia, lembram que entraram iludidos na UFTM por acreditarem na maquete apresentada no site da universidade sendo que agora convivem com diversos problemas como prédio mal construído, rachaduras, infiltrações e falta de restaurante universitário, além de outros problemas como falta de corpo docente, de um transporte intercâmpus que facilitaria a locomoção e evitaria o gasto exagerado com transporte e com alimentação na cantina, com preços absurdos, disponível no prédio do ICTE. Pedro Macedo, do curso de Letras, concordou com o estudante Carlos Eduardo quanto à importância de uma melhor organização quanto dos atos e assembleias, porém lembra que alguns fatores melhoram com a experiência, mas que já que agora isto foi observado deveríamos observar melhor estas questões. Também sugeriu como demanda, a questão da falta de equipamentos para produções culturais na UFTM que, por exemplo, os anfiteatros não tem equipamento adequado para apresentações culturais, apenas para palestras. Lembrou ainda que o SESI utilizava o anfiteatro para ensaios e apresentações que não existem mais. Mirtes, técnica administrativa, manifestou apoio às pautas dos discentes e resaltou a necessidade de acabar com o coronelismo na UFTM, e que está há vinte anos na instituição como servidora e até hoje não é reconhecida a mudança de FMTM para UFTM. Lembrou a importância de ocupar os espaços da universidade e da união dos três seguimentos, unificando suas pautas.  Sobre o ato, diz que não devemos ter medo de fechar ruas e entrar na reitoria e, ainda, que não devemos falar em invadir, mas sim em ocupar por ser este um espaço público. Disse ainda que o sindicato e os técnicos estão de portas abertas para os estudantes. Fernanda Gutierrez, do curso de Serviço Social, coloca como demanda a falta de segurança e transporte para os alunos. Deixa ainda como sugestão uma comissão discente para ida à prefeitura e polícia militar para discutir tais problemas. Sugere a confecção de abaixo-assinados e lembra a importância de representação discente nos conselhos da UFTM. Lembra também do problema quanto ao atraso de bolsas em geral. Anne, também do curso de Serviço Social, lembra do problema da permanência por haver um pré-requisito para pleitear bolsas de não poder haver vínculo empregatício que além de comprometer a permanência, ainda compromete a formação de qualidade do estudante. Vivian Freitas, do curso de História, coloca a dificuldade de comunicação dos estudantes quanto à construção do movimento e pede que os presentes repassem as informações para os demais estudantes e lembra que a comissão é aberta para todos os estudantes interessados garantindo um movimento democrático além de que as assembleias são aulas ricas que também contribuem para uma formação de qualidade. Sobre o ato, ressalta a importância de termos uma postura de oposição frente à reitoria. Bárbara, também aluna do curso de História, lembra que o discurso da vice-reitora Ana Lúcia é feito com falas prontas não respondendo de fato o que lhe é perguntado. Ressalta a importância da organização dos estudantes e que a responsabilidade pelo movimento estudantil é de todos. O professor de psicologia, Fernando, parabeniza os estudantes pelo ato e pelo movimento estudantil que está nascendo. Diz que não podemos permitir lideranças estagnadas, que não circulam. Lembra ainda que a privatização começa em nível de afetos e ressalta a necessidade de cuidados quanto à partidarização. “Liberdade se toma e não se pede”, “O Estado é o primeiro privatizador dos espaços”, são frases ditas por ele. Questiona ainda a necessidade de se autorizar os cartazes a ser colocados na UFTM e, inclusive, o fato do prédio ter aquelas cores “um prédio colorido é muito mais são que um prédio branco”. Sugeriu a construção de uma comissão discente para cartazes e que a TV e Rádio Universitária deveriam ser utilizadas pelos estudantes como espaço de cultura para enriquecer a cidade de Uberaba. Finaliza com a frase “Sejamos realistas, queiramos o impossível”. Adriano Pereira, do curso de Geografia, ressalta a importância da discussão e do movimento estudantil, faz uma crítica ao DCE que só faz camisetas e traz a importância de uma recepção dos calouros que divulgue a realidade da UFTM e a importância de se engajar no movimento estudantil. Coloca isto como sugestão à atual comissão de trote. Lamenta a falta de integração entre os estudantes e sugere um blog com este intuito de integração. Carlos Eduardo, do curso de História, sugere uma comissão de jornalismo e finanças para confecção de panfletos que contribuirá para a divulgação do movimento estudantil. Pedro Macedo, do curso de Letras, sugere a criação de um movimento visando uma maior integração de todos os cursos por ser este um problema atual na universidade. Maria dos Reis, técnica administrativa, coloca a necessidade de se eliminar o “ranço” da UFTM, o conservadorismo existente. Relata uma reunião feita pelos técnicos administrativos na qual a vice-reitora chegou com pautas prontas ressaltando sua característica antidemocrática. Irany Cabral, do curso de Serviço Social, demonstra sua preocupação sobre como ficará o movimento estudantil após acabar o indicativo de greve. Ressalta a importância de fortalecê-lo e que devemos continuar com as nossas demandas. Concorda com a criação de uma rádio universitária para contribuir com a interação e politização dos estudantes. Bruno Curcino, professor do curso de Letras, se posiciona em apoio ao movimento dos discentes e informa sobre universidades que já se encontram em greve e, ainda, sobre reajustes de bolsas para mestrado e doutorado. Aconselha que os estudantes não se deixem manipular por partidos políticos, porém que não os temam, pois eles existem; acrescentando a importância de transparência, sobretudo com relação ao dinheiro. E que os estudantes engajados não deixem de lado seus estudos, pois, certamente vão ser visados por professores conservadores. Trouxe a necessidade do fortalecimento dos DAs, CAs, e DCE. Sugeriu que uma comissão de estudantes e professores vá ao campus das Engenharias para fazer a divulgação das assembleias e dos atos. Fábio ressalta a importância da adesão dos demais estudantes, sugeriu conversas individuais que cativem os mesmos. Fernando, professor de Psicologia, esclareceu sua colocação em relação aos partidos, que é necessário um cuidado mesmo com o movimento muito intenso, pois hoje tudo se dissolve muito rápido. Trouxe também que temos forças o suficiente para parar a universidade. O professor sugeriu, ainda, que aconteçam assembleias estudantis contínuas bem como comissões estudantis. Breno, estudante de Psicologia, trouxe algumas colocações que a vice-reitora fez durante a reunião como a recomendação de visitar o site da Andifes, que para o MEC a quantidade de docente é de um para dezoito discentes. Nieri, estudante de Geografia, ressaltou a importância da permanência de todos durante a possível greve para a participação nas assembleias e possíveis atos. Ao final foram feitos encaminhamentos para quatro comissões: trabalho de base, jornalismo, financeiro e abaixo assinado sobre o UTC, sendo que as listas dos que se propuseram a integrá-las está com a Barbara que irá socializar o mais breve possível. A Assembleia teve término às dezoito horas. Nada mais a constar, eu, Aline Bomfim, do curso de Serviço Social, membro da Comissão de Mobilização Discente, lavrei a presente ata acompanhada de lista dos presentes na Assembleia.

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